terça-feira, 10 de outubro de 2017

SOBRE CULTURA DO IMAGINÁRIO DEISTA


Existem muitas variantes sobre o famoso mito de Narciso. Fiz uma miscelânea de algumas delas.

Narciso era um rapaz dotado de beleza. Seus pais, o Deus do rio Cefiso e a ninfa Liríope, dias antes de seu nascimento, resolveram consultar o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. E a revelação foi enfática: teria vida longa desde que nunca viesse a contemplar sua propria imagem. 

O garoto cresceu, e tornou-se um jovem de grande feição, despertando paixões tanto em homens quanto em mulheres. Contudo, arrogante e orgulhoso.

Menosprezava todas as ninfas e jovens que, por ele, incondicionalmente se atraiam por sua beleza viril. Um jovem chamado Amínias, perdido de paixão e rejeitado por Narciso, ironicamente ganha deste uma espada de presente e com a qual suicida-se a seus pés rogando aos deuses que lhe dessem uma lição por toda a dor que Narciso lhe fizera sofrer.

Certo dia, Narciso passando às margens de um lago calmo de águas límpidas decide referescar-se. No instante em que abaixa a cabeça para tocar a água, percebe seu reflexo e, fascinado de paixão por ele, mata-se ao perceber que jamais poderia conquistar a si mesmo. 

O que isso diz de nosso imaginário deista, idealizado segundo nossa vontade e representação?